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Crítica | Mulher Maravilha

00:00Ayllana Ferreira

FICHA TÉCNICA

Título: Mulher Maravilha
Data de lançamento: 1 de junho de 2017
Elenco:  Gal GadotChris PineConnie Nielsen
Gênero: Ação | Aventura | Fantasia
Nacionalidade: EUA
Distribuidor: Warner Bros
Faixa etária: 12
Sinopse: Treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível, Diana Prince (Gal Gadot) nunca saiu da paradisíaca ilha em que é reconhecida como princesa das Amazonas. Quando o piloto Steve Trevor (Chris Pine) se acidenta e cai numa praia do local, ela descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e decide deixar seu lar certa de que pode parar o conflito. Lutando para acabar com todas as lutas, Diana percebe o alcance de seus poderes e sua verdadeira missão na Terra.


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Nota: 4,5 / 5,0
A “Mulher Maravilha” é um filme de ficção científica e fantasia, lançado no dia 1 de junho de 2017 no Brasil. A obra aborda a jornada da Princesa Diana – uma Amazonas – para derrotar Ares – o Deus da Guerra perante a mitologia Grega –, consequentemente, acabar com a Segunda Guerra Mundial, e com todo o ódio/maus sentimentos que “abrigavam” o coração dos homens comuns.

 
Gal Gadot, atriz, modelo e ex-miss, interpreta magistralmente a protagonista com o seus trajes relativamente sexualizados. Sua atuação é espetacular, permitindo com que o telespectador se apegue a personagem interpretada, e sofra os mesmos dramas, conquistas e desafios que esta enfrenta ao longo da produção. Quanto à sexualização, eu compreendo o contexto em que a história da heroína surgiu, e compreendo também que o público inicial que esta foi destinada era maioritariamente masculino. Contudo, atualmente, os telespectadores são heterogêneos (formados tanto por homens quanto mulheres), e elementos como as roupas curtas e justas da personagem podem ser capazes de provocar “certo choque” e desconforto. Posto isso, acredito que se os trajes de luta da mulher fossem um pouco maiores, conseguiria agradar gregos e troianos como um todo.
Com relação ao conteúdo, constantemente, vários filmes de ação veem perdendo seu valor intelectual e de sentido para a inclusão de mais cenas de ação ao longo da produção. A “Mulher Maravilha” se mostra o contrário de tudo isto. As cenas de ação são sim muito bem-feitas, porém, o que enfatiza a sua qualidade é o contexto em que estas foram inseridas, uma vez que comunicam de maneira espontânea a história da personagem e a do próprio filme, sem se perder nos próprios efeitos especiais.
O que irei dizer agora contradiz com o que foi dito anteriormente, mas não se preocupem, é uma exceção em meio a uma história espetacular, sem furos significativos. Em algumas cenas, houve certo exagero nos efeitos especiais, provocando poluição visual. Em minha opinião, as cenas que compõe o final exemplificam isto, uma vez que senti que elas foram muito exageradas, e a batalha que era para ser a melhor de todas, transformou-se em uma batalha de efeitos visuais.
Quanto às frases de efeito, ponto fundamental em toda boa cena de ação – e até mesmo nas comuns, foram inteligentes e originais, tendo algumas destas que foram até mesmo hilárias. Tem um momento em que a protagonista está conversando com Steve Trevor sobre os feitos de uma secretária, e cara, foi incrível ver a crítica social por trás de algo tão simples.
De uma maneira geral, acredito que diferentemente de todos os filmes lançados recentemente pela DC – Esquadrão Suicida e Batman vs Superman -, a “Mulher Maravilha” cumpre com o esperado, e pode até mesmo surpreender com sua qualidade – tanto com relação ao roteiro quanto às cenas de ação. Outro ponto fundamental que acho importante comentar é sobre o empoderamento da mulher. Não, querido leitor, isto não vai se tornar um debate sobre o feminismo. Só direi brevemente sobre a valorização das mulheres na película.
Por mais que a Marvel já houvesse trazido outras produções com personagens femininas compondo o elenco dos principais, como a Viúva Negra em “Os Vingadores”, eu senti que foi a primeira vez em que uma heroína foi a fodona do filme, e não o segundo plano. A Mulher Maravilha era a frente do campo de batalha, desviava balas, era uma ótima guerreira, uma ótima pessoa, acreditava na humanidade, e a inda por cima, possuía um intelecto mais avançado do que os grupos de inteligência dos Estados Unidos. Ela foi à última bolacha do pacote, literalmente, e uma das heroínas com a melhor representação de todos os tempos (tanto na DC quanto na Marvel). Acredito que atualmente, nós, mulheres, vivemos constantemente tentando romper o preconceito de que o “Universo Geek” é composto somente por homens. Além de tudo isso, o filme foi dirigido por Patty Jenkins, e foi a primeira vez que uma MULHER conseguiu que seu trabalho entrasse para a lista dos campeões de bilheteria. Então poxa, é representatividade demais para uma obra só, realmente emociona.
O filme realmente me surpreendeu de várias maneiras. Apesar de seu início lento, este conseguiu ser atrativo do início ao fim. Mesmo sendo uma história que todos conhecem, a película conseguiu trazer um novo olhar e uma nova visão sobre uma das heroínas mais famosas e conhecidas. E isso é um grande diferencial de toda adaptação, conseguir trazer o novo mesmo em histórias batidas
Por fim, um dos pontos que me fizeram qualificar a “Mulher Maravilha” em 8/10 na minha lista mental de boas obras, foi o seu final. Trazer o amor naquele contexto (não vou falar o contexto para não dar spoilers), não fez sentido. Compreendo que um dos principais lemas da Mulher Maravilha era: “buscar o lado bom da humanidade”, mas naquela situação ficou meio inoportuno, já que o sentimento em si não foi abordado com profundidade ao longo da história. Foi rápido demais, e meio que surgiu “do nada”. Se tivessem abordado um pouco mais disso ao longo da produção como um todo, teria feito sentido tal inclusão. Mas como não foi feito, ficou uma exposição meio sem-sentido.
 Para mais, outro detalhe que não compreendi foi às habilidades demonstradas pelo Deus da Guerra de provocar descargas elétricas. Na minha leiga visão sobre mitologia (baseada na primeira saga de Percy Jackson e nas várias temporadas de Xena, a Princesa Guerreira auehaehu), o Deus que tinha tais poderes era Zeus, e não Ares. Logo no momento em que o último lançou raios na protagonista, não fez muito sentido. Mas eu não pesquisei mais a fundo sobre isso, portanto, caso eu esteja falando “abobrinhas”, favor desconsiderar.
Espero que tenham gostado, e aos que chegaram até aqui, obrigada pela atenção.

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1 comentários

  1. Parece que este filme é um dos melhores que a diretora Patty Jenkins dirigiu. Mulher Maravilha é um dos melhores filmes que estreou o ano passado. É uma história sobre sacrifício, empoderamento feminino e um sutil lembrete para nós, humanos, do que somos capazes de fazer uns com os outros. O ritmo é bom e consegue nos prender desde o princípio. É um dos melhores filmes de super-heróis gostaría que vocês vissem pelos os seus próprios olhos, se ainda não viram, deveriam e se já viram, revivam a emoção que sentiram. Eu gosto da forma em que ela esta contada, faz a historia muito mais interessante. Gal Gadot é ótima porque mostrou com perfeição a jornada de uma deusa, uma guerreira e uma mulher. Eu recomendo!

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