FICHA TÉCNICA
Título: A Múmia
Data de lançamento: 8 de junho de 2017
Elenco: Tom Cruise, Sofia Boutella, Annabelle Wallis
Gênero: Aventura | Fantasia | Terror
Nacionalidade: EUA
Distribuidor: Universal Pictures
Faixa etária: 12
Sinopse: Na Mesopotâmia, séculos atrás, Ahmanet (Sofia Boutella) tem seus planos interrompidos justamente quando está prestes a invocar Set, o deus da morte, de forma que juntos possam governar o mundo. Mumificada, ela é aprisionada dentro de uma tumba. Nos dias atuais, o local é descoberto por acidente por Nick Morton (Tom Cruise) e Chris Vail (Jake Johnson), saqueadores de artefatos antigos que estavam na região em busca de raridades. Ao lado da pesquisadora Jenny Halsey (Annabelle Wallis), eles investigam a tumba recém-descoberta e, acidentalmente, despertam Ahmanet. Ela logo elege Nick como seu escolhido e, a partir de então, busca a adaga de Set para que possa invocá-lo no corpo do saqueador.
Querido leitor, papo direto e sincero!
Quando assisti o trailer de A Múmia, criei altas expectativas. A sinopse era interessante, os efeitos visuais eram atrativos, e o elenco era bom. Filmes de ação com o Tom Cruise geralmente não me decepcionam, podem não ser maravilhosos, mas raramente são terríveis.
O início de A Múmia é empolgante e surpreendente. A história é diferente, e os personagens são cativantes. A trama faz sentido, as cenas são bem construídas, e o desdobrar dos acontecimentos propõe uma narrativa peculiar e criativa. Apesar de ser um filme de fantasia, têm-se boas cenas de ação e comédia. Ou seja, eram muitos pontos positivos, o que fez com que eu criasse uma alta expectativa sobre o que estava assistindo.
Contudo, parece que depois que A Múmia foi descoberta, a história desandou. A trama ficou incoerente, as cenas de ação ficaram sem sentido, as falas se tornaram clichês e os personagens perderam as suas personalidades. Uma das primeiras cenas que marcou o início “das catástrofes” foi a do avião. Magicamente, a personagem apareceu com o paraquedas instalado logo após ter sido colocado em sua mão. Depois disso, o personagem interpretado pelo Tom Cruise travou longas batalhas contra “os vilões”, tomou um pau danado (vulgo surra), e o rosto continuou imaculado como o de um bebê. Não teve sangue, nem contusões, e olha que pelo tanto de porrada que ele tomou, deveria ter ficado no mínimo mancando e com a boca sangrando.
Posteriormente, tem uma cena submersa em que o “galã” segura o fôlego por um tempo anormal para uma pessoa destreinada. Pelo tempo que ele ficou sem respirar, deveria se inscrever para o Guinness Book.
Ao longo da película, foi evidenciado várias vezes que as habilidades da Múmia eram surreais, tanto em confronto quanto poderes. Ela foi uma guerreira treinada para ser o próximo imperador, e era temida pelos seus oponentes. Todavia, das duas cenas em que a vilã aparece lutando, em uma delas, a cena foi cortada, e apenas os lacaios desta são filmados, e na outra, a mesma apanha do protagonista como se fosse uma mocinha indefesa, e não uma entidade maligna poderosa. Acho que de todos os pontos, esse foi o que mais me incomodou, já que mesmo que o oponente fosse muito mais forte, na teoria, ela deveria ter dado pelo menos um pouquinho de trabalho para o adversário. Foi o filme todo evidenciando o quanto a criatura era forte, para no final, ser vencida em míseros 5 segundos (se isso tudo).
Com relação a múmia em si, eu gostei do figurino e da atriz escolhida. Em contraponto, acho que a forma com que a antagonista foi representada ficou normal demais, uma vez que em vários momentos, vi muitas semelhanças com a bruxa de Esquadrão Suicida. E quando comparamos as duas vilãs, a do segundo filme é muito mais interessante.
Todos os personagens me decepcionaram, sem exceções. O Nick se tornou um romântico, que só precisava da pessoa certa para acordar seu lado bom. Mais clichê impossível… isso sem contar as cenas românticas que ele contracenou com a Jenny… foi demais até para mim, uma fã de Romances.
A Jenny era mais uma mocinha indefesa, que tinha tanta participação quanto um figurante. Só servia para ser salva. O Jake foi um personagem interessante, meio engraçadinho, que ficou sem sentido. Mas de todos, os que mais me confundiram foram a Ahmanet e o Dr. Henry.
Quando surgiu o personagem do Dr. Henry, não eram só as cenas de ação que eram um empecilho cruel para a produção. A coerência também se tornou um desafio constante. A trama abriu muitas histórias paralelas, mas não conseguiu fechar corretamente nenhuma delas. As histórias se atropelaram, a lógica se tornou passageira, e os furos antes discretos, foram exaltados.
Outra coisa que me incomodou foram as cenas de ação. Foram poucas para o estilo, e todas elas pareciam sempre estar incompletas. Os cortes foram muito intensos. Acredito que se mostrassem mais batalhas e confrontos, seria mais interessante. Não estou dizendo para exagerar e se tornar aquele clássico piegas dos filmes de ação, com câmera lenta e tudo mais, sim achar um meio termo para que a trama se torne mais rápida.
Em suma, ao longo do filme, todos os pontos bons se tornaram negativos. A lógica foi embora, e a qualidade mandou abraços. Como telespectadora, me senti ofendida pelos erros brutais, e decepcionada com o que assisti. A ideia em si da película foi muito inteligente e criativa. Contudo, parece que a produção tentou inovar demais, e se perdeu. Uma trama que tinha tudo para ser interessante, se tornou ambígua e chata, foi pouco aproveitada. Os personagens que eram cativantes, viraram clichês de romance. E uma grande promessa se tornou de certa forma, uma decepção para mim.
Data de lançamento: 8 de junho de 2017
Elenco: Tom Cruise, Sofia Boutella, Annabelle Wallis
Gênero: Aventura | Fantasia | Terror
Nacionalidade: EUA
Distribuidor: Universal Pictures
Faixa etária: 12
Sinopse: Na Mesopotâmia, séculos atrás, Ahmanet (Sofia Boutella) tem seus planos interrompidos justamente quando está prestes a invocar Set, o deus da morte, de forma que juntos possam governar o mundo. Mumificada, ela é aprisionada dentro de uma tumba. Nos dias atuais, o local é descoberto por acidente por Nick Morton (Tom Cruise) e Chris Vail (Jake Johnson), saqueadores de artefatos antigos que estavam na região em busca de raridades. Ao lado da pesquisadora Jenny Halsey (Annabelle Wallis), eles investigam a tumba recém-descoberta e, acidentalmente, despertam Ahmanet. Ela logo elege Nick como seu escolhido e, a partir de então, busca a adaga de Set para que possa invocá-lo no corpo do saqueador.
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Quando assisti o trailer de A Múmia, criei altas expectativas. A sinopse era interessante, os efeitos visuais eram atrativos, e o elenco era bom. Filmes de ação com o Tom Cruise geralmente não me decepcionam, podem não ser maravilhosos, mas raramente são terríveis.
O início de A Múmia é empolgante e surpreendente. A história é diferente, e os personagens são cativantes. A trama faz sentido, as cenas são bem construídas, e o desdobrar dos acontecimentos propõe uma narrativa peculiar e criativa. Apesar de ser um filme de fantasia, têm-se boas cenas de ação e comédia. Ou seja, eram muitos pontos positivos, o que fez com que eu criasse uma alta expectativa sobre o que estava assistindo.
Contudo, parece que depois que A Múmia foi descoberta, a história desandou. A trama ficou incoerente, as cenas de ação ficaram sem sentido, as falas se tornaram clichês e os personagens perderam as suas personalidades. Uma das primeiras cenas que marcou o início “das catástrofes” foi a do avião. Magicamente, a personagem apareceu com o paraquedas instalado logo após ter sido colocado em sua mão. Depois disso, o personagem interpretado pelo Tom Cruise travou longas batalhas contra “os vilões”, tomou um pau danado (vulgo surra), e o rosto continuou imaculado como o de um bebê. Não teve sangue, nem contusões, e olha que pelo tanto de porrada que ele tomou, deveria ter ficado no mínimo mancando e com a boca sangrando.
Posteriormente, tem uma cena submersa em que o “galã” segura o fôlego por um tempo anormal para uma pessoa destreinada. Pelo tempo que ele ficou sem respirar, deveria se inscrever para o Guinness Book.
Ao longo da película, foi evidenciado várias vezes que as habilidades da Múmia eram surreais, tanto em confronto quanto poderes. Ela foi uma guerreira treinada para ser o próximo imperador, e era temida pelos seus oponentes. Todavia, das duas cenas em que a vilã aparece lutando, em uma delas, a cena foi cortada, e apenas os lacaios desta são filmados, e na outra, a mesma apanha do protagonista como se fosse uma mocinha indefesa, e não uma entidade maligna poderosa. Acho que de todos os pontos, esse foi o que mais me incomodou, já que mesmo que o oponente fosse muito mais forte, na teoria, ela deveria ter dado pelo menos um pouquinho de trabalho para o adversário. Foi o filme todo evidenciando o quanto a criatura era forte, para no final, ser vencida em míseros 5 segundos (se isso tudo).
Com relação a múmia em si, eu gostei do figurino e da atriz escolhida. Em contraponto, acho que a forma com que a antagonista foi representada ficou normal demais, uma vez que em vários momentos, vi muitas semelhanças com a bruxa de Esquadrão Suicida. E quando comparamos as duas vilãs, a do segundo filme é muito mais interessante.
Todos os personagens me decepcionaram, sem exceções. O Nick se tornou um romântico, que só precisava da pessoa certa para acordar seu lado bom. Mais clichê impossível… isso sem contar as cenas românticas que ele contracenou com a Jenny… foi demais até para mim, uma fã de Romances.
A Jenny era mais uma mocinha indefesa, que tinha tanta participação quanto um figurante. Só servia para ser salva. O Jake foi um personagem interessante, meio engraçadinho, que ficou sem sentido. Mas de todos, os que mais me confundiram foram a Ahmanet e o Dr. Henry.
Quando surgiu o personagem do Dr. Henry, não eram só as cenas de ação que eram um empecilho cruel para a produção. A coerência também se tornou um desafio constante. A trama abriu muitas histórias paralelas, mas não conseguiu fechar corretamente nenhuma delas. As histórias se atropelaram, a lógica se tornou passageira, e os furos antes discretos, foram exaltados.
Outra coisa que me incomodou foram as cenas de ação. Foram poucas para o estilo, e todas elas pareciam sempre estar incompletas. Os cortes foram muito intensos. Acredito que se mostrassem mais batalhas e confrontos, seria mais interessante. Não estou dizendo para exagerar e se tornar aquele clássico piegas dos filmes de ação, com câmera lenta e tudo mais, sim achar um meio termo para que a trama se torne mais rápida.
Em suma, ao longo do filme, todos os pontos bons se tornaram negativos. A lógica foi embora, e a qualidade mandou abraços. Como telespectadora, me senti ofendida pelos erros brutais, e decepcionada com o que assisti. A ideia em si da película foi muito inteligente e criativa. Contudo, parece que a produção tentou inovar demais, e se perdeu. Uma trama que tinha tudo para ser interessante, se tornou ambígua e chata, foi pouco aproveitada. Os personagens que eram cativantes, viraram clichês de romance. E uma grande promessa se tornou de certa forma, uma decepção para mim.
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