
Nossa Nota
Depois do monotonismo que foi o primeiro filme de Annabelle,
com direito a vários zoom's focais na cara da querida e cenas de terror baseadas
em “cadê o bebê, achoou”, Annabelle 2, ou A Criação do Mal como preferir
vem com uma proposta completamente diferente de seu antecessor.
Fundamentado em muito terror psicológico, com uma trilha
sonora ótima para criar um ar de mistério, junto à um elemento surpresa
instigante e curioso, a película mostra que uma história já conhecida, e de
certa forma batida, pode sim se tornar espetacular.
Dessa vez, a proposta é outra, contar a história da boneca
que se tornou uma celebridade após Invocação do Mal 1 e não no seu próprio
filme. Após a morte trágica de sua filha, um casal de idosos – que não são
bem idosos - decide acolher jovens órfãos em sua casa como uma forma de aliviar
todo o sofrimento. Com o passar dos dias, uma presença demoníaca que já
vivia lá começa a se manifestar, disposta a destruir tudo que entrar em seu
caminho, incluindo as próprias crianças.
A construção da narrativa da nova Annabelle se assemelha
bastante à Invocação do Mal 1 e 2. Com um maior investimento em cenas de terror
baseadas em sustos e reviravoltas, a sequência é muito mais movimentada e
emocionante que a sua antecessora. Embora a história em si demore a engrenar,
classifico o segundo como aquele clássico caso de “filmes de terror capazes de
promover traumas”.
E por mais que na teoria, a trama deveria ser uma sequência,
na verdade, a mesma está mais próxima de uma explicação lógica de como surgiu a
boneca e todo o mal que a habita.
O filme entra na nossa lista de Recomendação da Semana
devido a sua narrativa bem construída, elementos de susto bem elaborados, boas
atuações e uma trilha sonora excitante – não no sentido de sedução. Annabelle: A
criação do Mal vale a pena ser visto, diferentemente de seu anterior, que é
mais uma obra sem grandes diferenciais.
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