featured livros

Resenha | Cobiça - J.R. Ward

17:04Ayllana Ferreira


FICHA TÉCNICA

Nome: Cobiça
Autora: J.R. Ward
Páginas: 496
Gênero: Fantasia | Romance
Ano: 2011
Editora: Universo dos Livros
Sinopse: Redenção não é uma palavra que Jim Heron conheça muito bem. Sua especialidade é a vingança e o pecado é seu amigo mais próximo. Mas tudo muda quando ele se torna um Anjo Caído e é encarregado de salvar a alma de sete pessoas de sete pecados mortais. E o fracasso não é permitido. Vin diPietro há muito tempo vendeu sua alma para os negócios, e é o melhor em sua profissão – até que o destino interfere na figura de um durão que pilota uma moto Harley e se autoproclama seu salvador. E então ele conhece uma mulher com olhos azuis e um passado sombrio que o faz questionar seu destino, sua prudência e seus sentimentos. Com um antigo demônio pronto para possuí-lo, Vin tem que se unir com um Anjo Caído não apenas para conquistar sua amada... mas, também, para redimir sua alma.


_________________________________________________________________________________



“Sete pecados capitais. Sete almas condenadas por eles.
Sete pessoas em uma encruzilhada, com uma escolha que deve ser feita. E somente um homem para salvá-las
METADE ANJO, METADE DEMÔNIO”

Cobiça é mais um livro comum, sem grandes diferenciais, sobre a batalha entre o bem e o mal. Escrito em 2011 por J.R Ward, e publicado no Brasil pela editora Universo dos Livros, a obra aborda a jornada de Jim Heron para fazer o bem após uma vida de pecados.

Depois de ter passado por uma experiência de quase morte, o protagonista é enviado para o céu e se encontra com anjos. Lá, as quatro figuras excêntricas e exóticas lhe dizem sobre uma batalha milenar que está acontecendo entre eles e os demônios, torturando várias almas inocentes ao longo do percurso. Cansados das constantes lutas, os dois lados decidem realizar uma última competição: os campeões se tornariam os únicos seres bíblicos habitantes na Terra, com livre arbítrio de escolhas e atitudes.

O desafio para definir os vencedores é simples. Um anjo caído – no caso Jim Heron – seria responsável por 7 almas infectados pelos pecados capitais, tendo como missão participar da vida destas pessoas, ajudando-as à escolher um caminho perante uma encruzilhada de sentimentos – seguir o caminho da luz ou das trevas-  que estão passando. Caso a grande maioria destas escolha o caminho que leva ao mal, os demônios vencem, e os anjos são expulsos da terra. Caso o contrário aconteça, os alados dominam, enviando seus rivais eternamente para o inferno, e sem passagem de volta.

Com as almas era a mesma coisa. Elas também possuíam itens inúteis que impediam um bom desempenho, benditos pedacinhos irritantes que ficavam pendurados como um apêndice à espera de uma infecção. Fé, esperança e paz... prudência, temperança, justiça e força mortal... toda essa tralha inútil simplesmente colocava moralidade demais no coração, o que obstrui o caminho do desejo inato da alma pela malignidade. (p.9)

Como o primeiro caso e enfoque deste livro, Heron recebe a missão de ajudar o milionário Vin Di Pietro - um homem soberbo, fútil e preso à riqueza - a escolher um caminho. Ao longo da obra, apesar das várias desavenças e problemas que surgem entre os dois, todos estes são superados, e eles se tornam bons amigos. O herói é fundamental na escolha do rico.

Para mais, o fluxo da história se dá de maneira dinâmica e misteriosa, porém, os estereótipos utilizados na construção dos personagens - o cara que mudou pelo amor e a prostituta que não queria estar onde está – fazem com que esta se torne desinteressante e cansativa. Tanto Di Pietro quanto Marie-Teresa são personagens interessantes e possuem histórias tristes, contudo, juntos – como casal -, ambos deixam muito a desejar. Além disso, a própria forma com que a narrativa é escrita pode confundir o leitor com relação aos personagens, uma vez que esta é distribuída em blocos que demonstram o cotidiano e a história dos principais, podendo ou não convergir em determinados pontos. Ou seja, bem confuso em alguns momentos.

Outro ponto que contribui para que Cobiça - Fallen Angels se torne desinteressante é o enfoque dado – ou a falta dele - a Jim Heron. O personagem é divertido, único e com uma história enigmática, mas é extremamente mal aproveitado. A personalidade e a história deste são apresentadas de maneira extremamente superficial, deixando vários furos e informações soltas ao longo da história. Talvez, esse erro seja corrigido na sequência da obra, porém, faltou algo na apresentação do personagem que conseguisse cativar o leitor a acompanhar sua jornada ao longo da saga. Em vários pontos da primeira obra, ficou parecendo que a autora estava tentando induzir ou forçar o leitor a gostar de determinados personagens. Não colou.

Além de tudo que foi dito anteriormente, a história em si é previsível. Os personagens caricaturados contribuem ainda mais para reforçar tal condição. A partir do momento que se ignora todos os pontos ditos ao longo desta resenha, é possível perceber que a história em si não é ruim, sendo em alguns aspectos até mesmo inovadora e criativa. Todavia, quando comparada com vários outras do estilo, ou até mesmo semelhantes, a obra deixa muito a desejar, podendo não ser uma boa escolha para os fãs do gênero.


Veja também:

2 comentários

  1. Oi, tudo bom?
    Adorei seu blog, parabéns pelo trabalho!
    Já segui e curti sua página, sucesso.
    www.freakandcreepy.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada meu bem, fico feliz que tenha gostado! É feito com todo o carinho do mundo rs.
      Seguindo de volta <3

      Excluir