É uma verdade universal que a cada dia, os estúdios da Marvel vêm se tornando mais populares e atraindo mais e mais fãs. Tanto que as suas bilheterias estão cada vez maiores, além do grande número de novas adaptações que vem sido divulgadas.
Quanto o assunto são séries, é um pouco mais delicado. O número de adaptações é bem menor, mas já possui o seu público específico e os fãs apaixonados. Dentre suas produções mais famosas, está a série Agents of Shield, que retrata o cotidiano da equipe dirigida pelo incrível Agent Coulson na proteção de humanos e inumanos. Tem Agent Carter, com a vida e as batalhas da incrível Peggy Carter. Jéssica Jones, contando da personagem com seu nome que decide criar uma agência de detetives depois do fim de sua carreira como heroína, dentre várias outras história.
No dia 08 de Fevereiro, foi lançado o primeiro episódio da série Legion pela Fox em parceira com a Marvel, e por incrível que pareça, a audiência foi mais baixa do que o esperado. A série retrata a história de David Haller, conhecido como Legião. Desde sua infância, o rapaz sempre sofreu com problemas mentais – escuta vozes e tem visões. Algum tempo depois, após uma tentativa de suicídio, ele é internado em um hospital psiquiátrico e diagnosticado com esquizofrenia.
O primeiro episódio retrata exatamente isso. É interessante a maneira com que os produtores decidiram criar este piloto, uma vez que a ordem dos acontecimentos e os seus desdobramentos ocorrem como lembranças do principal. Mas não é só isso, tem todo o ar de uma pessoa drogada com remédios, possuindo cenas confusas e sem nexo que aos poucos vão se tornando lógicas.
Não serei hipócrita. De início, eu achei essa jogada bem confusa e tediosa, posto que são 67 minutos de série, sem seguir uma ordem cronológica precisa, tornando-se extremamente confuso e difícil de compreender. São várias cenas jogadas ao ar, e é meio difícil compreender se é mais um delírio do protagonista ou algo que realmente aconteceu.
O Legião está entre um dos mutantes mais fortes da Marvel, e diferentemente destes, um dos mais complexos. Para aqueles que não conhecem ou não se recordam, ele é o filho do professor Xavier, e possui algumas das habilidades mentais de seu pai. Todavia, ele é muito mais forte, possuindo a capacidade de absorver lembranças e poderes de outros mutantes/pessoas.
Ao longo dos anos, David passa por vários hospitais psiquiátricos, e em um deles, conhece uma paciente. Essa mesma garota o encanta e o faz repensar que talvez, as vozes que escuta seja poderes, e não problemas mentais.
O final é surpreendente. Porém, novamente confuso. Em alguns momentos, me questionei se tudo aquilo estava realmente acontecendo, ou se era mais um delírio. Com o fim do capítulo e com as cenas do próximo, foi possível constatar que era realmente verdade e que a série guarda muitas surpresas e uma boa história.
Novamente, ressalto que para compreender tudo isso que eu disse, é necessário um longo processo de reflexão. A ideia dos produtores foi ótima, não tem como negar. Contudo, perigosa. Existem dois tipos de público, aquele que senta no sofá e tenta compreender a história até o final, e aquele que desiste nos primeiros minutos quando sente que não está compreendendo nada do que está assistindo. E com certeza, esse episódio segmentou esses dois grupos, dispensando grande parte do segundo.
Mesmo com os problemas de audiência que a série enfrentou, as críticas se mantêm favoráveis à série. Eu, particularmente, acho que a ideia é surpreendente e que o resultado final será fabuloso. Assim como as várias séries que se tornaram referência em 2016, acho que Legion tem bagagem e conteúdo suficiente para entrar nesse hall e cair na boca do povo, transformando-se em uma referência para ambas às produtoras.
0 comentários