FICHA TÉCNICA
Nome: Eu Te Darei o Sol
Autora: Jandy Nelson
Páginas: 384
Gênero: Drama | Ficção | Mistério |
Romance | Jovem-adulto
Ano: 2015
Editora: Novo Conceito
Sinopse: Noah e Jude competem pela
afeição dos pais, pela atenção do garoto que acabou de se mudar para o bairro e
por uma vaga na melhor escola de arte da Califórnia. Mal-entendidos, ciúmes e
uma perda trágica os separam definitivamente. Trilhando caminhos distintos e
vivendo no mesmo espaço, ambos lutam contra dilemas que não têm coragem de
revelar a ninguém.
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“Arrisque-se (uma, duas, três, quatro vezes).
Reconstrua o mundo.”
Talvez
não exista uma maneira correta de se começar a falar desse livro, ou talvez eu
esteja tão tomado de sentimentos que sequer consigo os organizar em uma
sentença que faça sentido. A única coisa da qual tenho certeza é que neste
momento em que escrevo, estou tomado por uma mistura de cores, sons,
temperaturas e todos os outros elementos que transformam a vida em arte, e a
arte em vida.
Acabar
uma leitura nunca é fácil, principalmente quando se trata de um livro cuja
história passa a correr por suas veias e encontra morada em sua alma, mente e
coração. Não sabemos exatamente como proceder quando isso acontece, somos um
poço de sentimentos que formam um turbilhão dentro de nossa existência e tudo
que queremos é que a história não tivesse acabado. O livro Eu te darei o Sol me foi presenteado há um tempo considerável, no
entanto só fui capaz de dar inÃcio à leitura há poucos dias. Se por um lado me
arrependo de não ter me deixado apaixonar por tal história antes, por outro,
agradeço por ter esperado o momento certo.
“Às vezes, quando você surfa, você pega uma onda e percebe que está ‘sem chão’, e de repente, sem aviso, você se vê caindo diante da parede de água.
Sinto-me assim.”
Acredito
que existem histórias as quais lemos, outras que nos leem, e outras das quais
nos tornamos parte, e Jandy Nelson
foi capaz de criar uma em que todas essas coisas estão reunidas em uma única
experiência. Se ao longo do livro minha paixão pela narrativa e pelas
personagens foi crescendo em uma velocidade sobre-humana, encontrei-me
refletido em cada uma das linhas escritas, bem como me vi transparente, como
se, durante a leitura, meu ser se tornasse translúcido, revelando meus medos,
meus segredos, minhas inseguranças e meus sonhos.
Em Eu te darei o Sol, Jandy Nelson conta a
história de Noah e Jude, dois irmãos gêmeos cuja a vida é atravessada por uma
sequência de complexidades, até que uma tragédia desaba sobre seu mundo
compartilhado. Arte, poesia, amor, sexualidade, problemas familiares, mistério,
segredos e mentiras, tantos temas perfeitamente amarrados em uma única
narrativa. Contada a partir da perspectiva de cada um dos irmãos, a história
criada por Nelson é capaz de emocionar, de provocar ira, de despertar
sentimentos contidos e, principalmente, de nos apaixonar.
Entre
os momentos de comédia, de emoção e de confusão, os personagens desenvolvem-se
tão profundamente que fica difÃcil acreditar que tudo isso coube em apenas 380
páginas. Não há pontos falhos, não há furos de narrativa, não há
superficialidade. Judy Nelson foi capaz de agregar às suas palavras um coquetel
de arte, sensibilidade, poesia, criatividade e genialidade.
“Não sei como isso é possÃvel, mas é: uma pintura é ao mesmo tempo exatamente igual e completamente diferente todas as vezes que você olha para ela. É assim que são as coisas entre mim e Jude agora.”
Eu
poderia tentar discorrer sobre o desenrolar da história, contar mais sobre as
incrÃveis personalidades dadas aos protagonistas, e falar sobre um dos finais
mais lindos que eu poderia ter encontrado, mas a verdade é que eu provavelmente
estaria cometendo um crime. Eu te darei
o Sol é uma obra completa, perfeita do inÃcio ao fim. Tentar reduzi-la em
poucas palavras seria como agredir a experiência pela qual acabo de passar.
Encontrei
nessas páginas o que seria como uma adaga que abriu em mim uma ferida indolor,
pela qual vazam inúmeros sentimentos, alguns os quais não sou capaz de nomear.
Em mim há uma ferida que eu tenho certeza que cicatrizará e deixará uma marca
que carregarei com felicidade e boas lembranças. E neste momento, ainda que talvez você nunca receba
essas minhas palavras, Jandy, obrigado por essa experiência incrÃvel, obrigado
por me fazer conhecer Jude, Noah, Oscar e Brian. Jandy, obrigado pela poesia,
pela sensibilidade e pela criatividade que você jogou para o mundo. Jandy,
obrigado!
(Fotos autorais)
2 comentários
Eu amo essa história! E depois de ler sua resenha morri de saudades dela. Talvez algum dia eu releia ela porque amei demais!
ResponderExcluirAdoro resenhas com quotes! Adorei!
Beijocas,
Carla Felzemburgh
www.sharingbooks.com.br
Ah que ótimo que tenha gostado! Essa história mexeu muito comigo também, entrou para o hall de favoritas! haha
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