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Resenha | Outlander: O resgate do mar – Diana Gabaldon

17:20Ayllana Ferreira

FICHA TÉCNICA

Nome: Outlander - O resgate do mar
Autora: Diana Gabaldon
Páginas: 1248
Editora: Arqueiro
Sinopse: 
Parte I
Há vinte anos Claire Randall voltou no tempo e encontrou o amor de sua vida – Jamie Fraser, um escocês do século XVIII. Mas, desde que retornou à sua própria época, ela sempre pensou que ele tinha sido morto na Batalha de Culloden. Agora, em 1968, Claire descobre, com a ajuda de Roger Wakefield, evidências de que seu amado pode estar vivo. A lembrança do guerreiro escocês não a abandona… seu corpo e sua alma clamam por ele em seus sonhos. Claire terá que fazer uma escolha: voltar para Jamie ou ficar com Brianna, a filha dos dois. Jamie, por sua vez, está perdido. Os ingleses se recusaram a matá-lo depois de sufocarem a revolta de que ele fazia parte. Longe de sua amada e em meio a um país devastado pela guerra e pela fome, o rapaz precisa retomar sua vida. As intrigas ficam cada vez mais perigosas e, à medida que tempo e espaço se misturam, Claire e Jamie têm que encontrar a força e a coragem necessárias para enfrentar o desconhecido. Nesta viagem audaciosa, será que eles vão conseguir se reencontrar?


Parte II
Claire Randall finalmente conseguiu voltar no tempo e reencontrar Jamie Fraser na Escócia do século XVIII, mas sua história está longe do final feliz. O casal terá que superar muitos obstáculos, de fantasmas a perseguições marítimas, mas o principal deles são os vinte anos que se passaram em suas respectivas épocas desde a última vez que se viram.
Se a intensa paixão e o desejo entre eles não parecem ter diminuído nem um pouco, o mesmo não se pode dizer sobre a confiança. Jamie agora é um homem endurecido pelo que aconteceu após a Batalha de Culloden. Claire, por sua vez, precisa lidar com o segundo casamento de seu amado e suportar a saudade de Brianna, que ficou sozinha no ano de 1968.
A união dos dois será posta à prova quando o sobrinho de Jamie for sequestrado. Juntos, eles precisarão singrar pelos mares e cruzar as Índias Ocidentais para resgatá-lo, provando mais uma vez que nada é capaz de deter uma história de amor que vence as fronteiras do tempo e do espaço.

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Como vocês já devem ter percebido, Outlander é a saga da minha vida. Depois de ter maratonado a série duas vezes, decidi que iria começar a ler os livros. Como amante das letras, eu sempre soube que as produções literárias são superiores as adaptações cinematográficas, afinal, quando estamos lendo, conseguimos moldar e direcionar a história conforme os nossos “sonhos de princesa”, criando detalhes que refletem os nossos gostos ou desejos mais íntimos. Mesmo sabendo disso tudo, eu ainda me surpreendi com o que encontrei na versão escrita.

Diana Gabaldon conseguiu evocar um universo mágico em que sonhos são possíveis, ou melhor, uma realidade em que o amor verdadeiro é capaz de superar tudo. Claire Fraser é o clássico caso da mulher empoderada, que cria e corre atrás do seu próprio destino, sem precisar de ninguém. Já James Fraser é a personificação do príncipe encantado, disfarçado de escocês. Juntos, os protagonistas lutam contra o próprio tempo, o destino, e a distância. E, independente de tudo o que vivem, o amor entre eles SEMPRE prevalece. Bonito, né?!

No terceiro livro da saga, intitulado como O Resgate do Mar, e divido em duas partes ao ser lançado no Brasil, acompanhamos mais um pouco desse forte e inquietante amor. Como previsto por Claire, a batalha de Culloden foi um fracasso. Milhares de escoceses morreram, e os poucos que sobreviveram, foram caçados. A tradição de clãs foi aniquilada, e a Escócia viveu por um longo período de miséria e ruína. No meio desse contexto que tenta transformar as pessoas em animais, James Fraser é perseguido pela coroa inglesa, e precisa se tornar outra pessoa para sobreviver.

No futuro, Claire precisa se acertar com Frank, e garantir que a sua única memória de seu amado sobreviva. Contudo, mesmo tentando deixar o passado de lado, ela nunca consegue se desligar, afinal, como esquecer do amor de sua vida e de tudo que viveram juntos?!

Vinte anos se passaram, Claire e Jamie não são mais os mesmos. Após a morte de Frank, Claire e Brianna viajam para a Escócia e descobrem uma verdade inquietante: Jamie sobreviveu a Cullodden, e ainda estava vivo. Assim, com a ajuda de Roger Wakerfiel, a heroína começa uma jornada para reencontrar o amor de sua vida.

SPOILER, SPOILER E MAIS SPOILER. Nunca recebi tantos na minha vida! Alguns eu fui atrás, outros simplesmente me encontraram. Em virtude de tudo que me disseram, eu estava com muita expectativa sobre o que iria encontrar naquelas páginas. Finalmente, após muita enrolação, e a minha curiosidade nas alturas, chegou a hora da verdade, em que por fim, eu iria ler as páginas que tanto me falaram.

Particularmente, achei o reencontro entre os dois meio sem graça. Senti falta descrições que enriquecessem ainda mais o que eles estavam sentindo naquele momento, aproximando o leitor dos personagens. Não, não estou dizendo que foi ruim. Só que eu o tinha pensado de outra maneira, e até mesmo meio dramática demais.

Na verdade, não foi só o reencontro que eu esperava mais. E sim dos dois livros como um todo. Fizeram tanta propaganda, que eu meio que esperava uma obra prima e algo que me deixasse arrasada. Bem, não senti nada disso. Eu gostei, mas não tanto. Quando comparado aos dois livros anteriores, acredito que O Resgate do Mar deixou a desejar.

A história é movimentada, assim como os anteriores. É rica em acontecimentos, e reviravoltas. Não é o tipo do livro que te cansa de ler, todavia, não conquista tanto como seus antecessores. A essência em si permaneceu a mesma, e a forma de escrita da autora também continua maravilhosa e envolvente, mas ainda sinto que faltou algo.

Para falar a verdade, não sei o que faltou, nem o que me incomodou. Talvez tenham sido as minhas próprias expectativas que fizeram com que eu me sentisse assim. Desde que eu comprei o primeiro livro e terminei a segunda temporada, eu ansiava por esse livro e por aquelas páginas. Ou seja, expectativa demais.

Mas voltando ao livro em si. Quando terminei de ler a parte um, não senti que estava pronta para fazer esta resenha, uma vez que sentia que estava incompleto. Terminei a parte dois ontem, duas semanas após ler o um, e mesmo assim, ainda não me sinto capacitada para dizer o que achei, mas vamos lá.

Com relação aos personagens, é perceptível o quanto eles mudaram e desenvolveram. A forma que a Diana os descreveu e criou foi tão completa, que sofremos com eles, lutamos juntos a cada desafio e ficamos felizes em cada vitória. Enquanto lia a parte um, meu coração doía ao ver o que o Jamie sofreu, e se revoltava com tudo que o Frank fez.

Como sempre, eu me apeguei a eles, e senti como se os mesmos fizessem parte da minha família. Sempre que termino de ler os livros, vejo Claire e Jamie como meus amigos, pessoas que eu desejo toda a felicidade do mundo, e desejo de verdade que tudo dê certo para eles.

Além do casal protagonista, outros personagens que também marcaram presença no terceiro livro foram o Jovem Ian, Fergus <3 e o Chinês. Eu os adorei, e fiquei impressionada com o final que Diana prometeu a cada um deles.

Novos personagens surgem na trama, uns eu odiei, como Lorde Grey. Enquanto outros velhos amigos reaparecem, e descobrimos verdades inquietantes e surpreendentes de suas histórias. Ou seja, como vocês já devem ter percebido, o Resgate do Mar é o livro das surpresas.

E claro, dos sentimentos. É uma história bela e encantadora. Acreditar em um amor que o tempo não separa é idealista e inspirador. Mas não é só o amor deles que sustenta tudo.

Novamente, Diana conseguiu enlaçar todos os elementos da trama, e direcioná-los para um rumo de acontecimentos crescentes. Terminamos o livro sem ar, e encantados com tudo o que sentimos e encontramos ao longo das páginas. De todos os livros, este foi o mais mágico. Quando digo mais mágico, é a mágica em si. O Misticismo foi uma companhia constante e enigmática. Adorei esse novo traço!


Com relação ao final, assim como todos os anteriores, deixou com gostinho de quero mais, e aquela certeza de que precisamos saber o que irá acontecer! 


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