Seeeegura o coração galera, a tia tá de volta com
participação especial! Aeuhaheu
E aí, como vocês estão? Sobrevivendo ou só vivendo mexmo?
No post de hoje, venho compartilhar algumas sugestões literárias
de livros que me marcaram – fizeram com que eu visse a vida de outra maneira -,
e que acho que toda pessoa deveria dar pelo menos uma chancezinha, nem que seja
só para o prólogo.
#1 FAHRENHEIT 451 - Ray Bradbury
Mesmo tendo lido F451 mais de uma vez e feito várias
resenhas, ainda não sei como escreve o título espero que esteja certo, como
n tenho ctza, nada melhor que usar a sigla uhaehuae. A obra de Ray Bradbury
é contextualizada em uma realidade distópica em que queimar livros se tornou
comum. Nessa mesma sociedade, os bombeiros, que antes apagavam incêndios, agora
os começam. Os laços estão enfraquecidos, as pessoas não conversam mais, vivem
em frente aos aparelhos de televisão em um estado de plena alienação. O Estado
manda em tudo, e aqueles que são contra o governo ou pensam um pouco além da
caixinha, são executados.
F451 é fantástico. Tanto as metáforas utilizadas, quanto a
própria história nos fazem refletir sobre a sociedade em que vivemos. Mesmo tendo
sido escrito no início da Guerra Fria, continua muito atual e pertinente. Além
de que, para os estudantes de comunicação, é um tiro certeiro para entender
algumas das teorias que são a base do campo.
#2 A REVOLUÇÃO DOS BICHOS - George Orwell
Se você quer clássicos @, é clássicos que você vai ter!
Assim como Fahrenheit 451, A Revolução dos Bichos é um
clássico da época. Em forma de fábula, a obra escrita por George Orwell conta a
história de uma granja na qual os animais decidiram fazer uma revolução.
Cansados de ser explorados pelos humanos, que tomam suas riquezas e só dão o
básico, aqueles decidem dar um golpe e criar um novo regime.
Nesse novo sistema, todos seriam iguais, teriam os mesmos
direitos. Contudo, com o tempo, acabam descobrindo que alguns animais são mais
iguais do que outros. Se você ainda não entendeu, o livro faz uma crítica
inteligentíssima ao socialismo. Escrito na Revolução Russa, vários dos
acontecimentos na obra correspondem a fatos que aconteceram na Revolução.
Genial sim ou claro?
#3 MAUS - Art Spiegelman
Falando de genealidade, é claro que não poderíamos deixar
esse outro hino de livro para trás! Maus foi escrito por Art Spiegelman e,
assim como seu antecessor, os animais são novamente os protagonistas. Só que
dessa vez, na forma de ratos e gatos, e como cenário, a Alemanha nazista de
Hittler.
Na obra, os nazistas são os gatos, enquanto os judeus os
ratos. Com quase 300 páginas e em forma de quadrinhos, vemos um pouco mais dos
horrores vividos nos campos de concentração. Bruto e tocante, assim como dito
por Boston Globe, não há melhores palavras para descrever.
#4 O SOL É PARA TODOS - Harper Lee
Dessa vez não tem animal, mas mesmo não tendo, fica claro
que mesmo os seres humanos sendo racionais, falta muita racionalidade ainda
para tal título.
Escrito em 1960, o clássico de Harper Lee conta sobre um
advogado branco, que decide pegar o caso de um cara negro, acusado de estuprar
uma jovem branca. Mesmo com todas as provas deixando claro que não foi o que
aconteceu – o homem é inocente -, a sociedade massacra o acusado, ficando claro
todos os horrores que o racismo provoca rotineiramente.
Um tapa na cara a cada página, um tiro a cada capítulo, como
você preferir. O Sol é Para Todos
faz uma crítica inteligentíssima sobre o racismo, e sobre os seus danos para a
sociedade. Por mais que o início da obra seja meio lento – eu mesmo fiquei meio
desanimada para ler -, acredito que todos deveriam dar uma chance, assim como
seus antecessores.
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#5 OS SERTÕES - Euclides da Cunha
Chegar até aqui sem nenhum clássico brasileiro seria
ultrajante, não é mesmo?! Ainda mais porque existem várias obras espetaculares
que merecem estar aqui, mas não tiveram a sua chance.
Os sertões é um livro-reportagem, escrito por Euclides da
Cunha. Trata-se de um relato histórico, mesclado a literatura, resultado da
cobertura de um jornalista à Guerra de Canudos. Em forma de narrativa, a obra
busca detalhar e expor os acontecimentos do confronto.
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#6 – Bônus: OUTROS JEITOS DE USAR A BOCA - Rupi Kaur
Lembro que na primeira vez que li o título Outros Jeitos de Usar a Boca, tinha
certeza que se tratava de uma obra pornográfica. Grande erro. Outros jeitos de
usar a boca, como denúncia, como empoderamente e como sororidade. Como também
inspiração, força e apoio.
Com poesias fortes e marcantes, Rupi Kaur utiliza das
palavras para contar sua história, ao mesmo tempo em que busca também
conscientizar as mulheres sobre a sua força e a sua voz. A cada página, poesia
lida e palavra descoberta, eu me via naquela obra. Terminei o livro tendo a
certeza que tinha encontrado a obra da minha vida. Como não se apaixonar?!
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