Certamente, de todos os lugares que irei retratar neste post, o Triângulo das Bermudas é o mais famoso. Por anos, aviões, barcos e navios que passavam pela região desapareceram, e nunca mais foram encontrados. Em virtude disso, muitos boatos surgiram. Seria um local amaldiçoado por sereias cruéis, um kraken assassino, ou até mesmo um portal para outra região “mágica”?!
O TRIÂNGULO DAS BERMUDAS É UMA REGIÃO LOCALIZADA ENTRE O ESTADO DA FLÓRIDA, ESTADOS UNIDOS, E A CIDADE DE SAN JUAN, PORTO RICO.
Os primeiros relatos de desaparecimento surgiram na Segunda Guerra Mundial. Conforme os registros, mais de 100 navios de diferentes localidades, que navegavam pela região, desapareceram durante este período. Em todos os casos, as embarcações nunca mais foram encontradas, e não haviam justificativas plausíveis para o ocorrido.
Em 1945, a fama do lugar ficou ainda maior. Cinco aviões da Marinha americana que sobrevoaram a região desapareceram, sem deixar vestígios. A mídia da época “fez muito barulho” sobre o ocorrido, e, consequentemente, a maldição do Triângulo das Bermudas se tornou popular. Em 1974, surge o primeiro livro habituado na região. A obra de Charles Berlitz vendeu mais de 20 milhões de exemplares, e evoca uma teoria de que os aviões e embarcações teriam sido vítimas de uma nave alienígena que sequestrava humanos para experiências. Viajado, né?
Vendo que o medo e a curiosidade popular aumentavam, a comunidade científica decidiu começar a tentar entender o que realmente provocava as tragédias. Mesmo hoje, mais de meia década após o primeiro desaparecimento, ainda não existem resultados concretos sobre as reais causas dos naufrágios. Para o geólogo Carlos José Arcanjo, pesquisador da USP (Universidade de São Paulo), o gás metano presente no subsolo da região é o principal responsável. A forma bruta do mesmo seria responsável por explodir os motores das transportações. Bruce Denardo, físico formado pela Escola de Pós-Graduação Naval de Monterey completa dizendo que o composto diminui a capacidade de flutuação dos veículos. Consequentemente, sem um motor, e com problemas de flutuação, afundar ou ser derrubado (caso dos aviões) é uma consequência extremamente provável.
Enquanto isso, pesquisadores da Universidade do Colorado apontam para outra explicação. Após descobrir um padrão anormal nas nuvens que se formam e sobrevoam a região, para os estudiosos, elas seriam os reais causadores dos naufrágios, posto que acarretariam no surgimento de correntes de ar superpotentes, que seriam capazes de atingir 274 quilômetros por hora. Infelizmente, o contato de ventos dessa velocidade com o mar resultaria em ondas com mais de 15 metros. E, por mais que estejamos bem evoluídos tecnologicamente, quando comparados as invenções dos anos 40, nossos transportes não são capazes de “sobreviver” a ondas desta potência, portanto, elas são fatais.
Fonte: Mundo Estranho e Mega Curioso
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