FICHA TÉCNICA
Nome: Quando a noite caí
Autor: Carina Rissi
Páginas: 476
Gênero: Romance e Fantasia
Editora: Verus
Sinopse: Briana Pinheiro sabe que não é a pessoa mais sortuda do mundo. Sempre que ela está por perto algo vai mal, especialmente no trabalho. Por isso é tão difícil manter um emprego. E a garota realmente precisa de grana, já que a pensão da família não anda nada bem. Mas esse não é o único motivo pelo qual Briana anda perdendo o sono. Quando a noite cai e o sono vem, ela é transportada para terras distantes: um mundo com espadas, castelos e um guerreiro irlandês que teima em lhe roubar os sonhos... e o coração. Depois de ser demitida — pela terceira vez no mês! —, Briana reúne coragem e esperanças e sai em busca de um novo trabalho. É quando Gael O’Connor cruza seu caminho. O irlandês de olhar misterioso e poucas palavras lhe oferece uma vaga em uma de suas empresas. Só tem um probleminha: seu novo chefe é exatamente igual ao guerreiro dos seus sonhos. Enquanto tenta manter a má sorte longe do escritório, Briana acaba por misturar realidade e fantasia e se apaixona pelo belo, irresistível e enigmático Gael. Em uma viagem à Irlanda, a paixão explode e, com ela, o mundo de Briana, pois a garota vai descobrir que seu conto de fadas está em risco — e que talvez nem mesmo o amor verdadeiro seja capaz de triunfar...
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"Quando a noite cai e voltamos para casa, ele me leva até o quarto e me ensina quão doce e bonita a vida pode ser."
E quando a noite caí, é sempre a mesma coisa...
Ela está fugindo de um casamento arranjado extremamente
cruel. Está completamente perdida e apavorada na floresta, até que encontra um
lindo guerreiro irlandês que a salva de si mesma e de seu destino, abrigando-a
e oferecendo um braço amigo de consolo, sem exigir nada em troca. Os dias se
passam, uma nova vida começa a surgir. O seu passado não a atormenta mais, e o
guerreiro misterioso se torna o seu futuro.
Mas quando os sonhos acabam e a vida real domina, a
realidade não é tão doce assim, pelo contrário, é amarga igual um limão azedo.
Com 23 anos, Briana teve que desistir de seus sonhos para ajudar sua família a
se sustentar. Extremamente azarada, um azar do estilo que os pés-frios se
sentiriam sortudos, a sua duração máxima em um emprego foi de dois dias até que
algo acontecesse, causando a sua demissão. Para piorar tudo ainda mais, desde a
morte de seu pai, a pensão de sua família nunca mais se recuperou, dando mais
prejuízo do que lucro. Com tantos problemas, o único refúgio é em seus sonhos,
onde se encontra com o belo irlandês, e vê o seu felizes para sempre mais
próximo do que nunca.
Demitida novamente, e com a hipoteca da pensão prestes a
vencer, a menina precisa de um novo emprego. Na entrevista para o cargo, tudo
dá errado novamente, até que sua sorte começa a mudar e ela consegue a vaga. E
de brinde, o seu novo patrão é a cara do homem que abriga os seus sonhos e o
seu coração.
Quando a Noite Caí foi um livro escrito pela brasileira
Carina Rissi, publicado em 2017 pela editora Verus. Com 478 páginas, de todas
as obras da autora, inquestionavelmente é a mais criativa, ao mesmo tempo em
que é também a que menos gostei.
A ideia da trama é muito interessante: um misto entre
fantasia e romance, com uma história encantadora e misteriosa de fundo, um amor
que nem mesmo o tempo o torna menos poderoso e outro capaz de superar qualquer
desafio, vencendo qualquer obstáculo. É a fórmula de sucesso para os romances,
misturado à uma boa ficção. E, de todos os livros da escritora, é um dos mais
inovadores, se não o mais criativo. Contudo, é também um dos mais enrolados, e
com menos acontecimentos para movimentar a sua história, competindo até mesmo
com Prometida.
Não, não estou dizendo que Quando a Noite Caí é como
Prometida, afinal, para mim, o último está na lista dos maiores desperdícios literários
que já adquiri tanto em questão de conteúdo, quanto gasto de dinheiro mesmo,
então prefiro fingir que nunca o conheci. Mas parece que se juntar todos os
acontecimentos que ocorrem em Quando a Noite Caí, e tirar o clássico
enrola-enrola da Carina, daria uma obra com metade das páginas. O que acredito
que seria melhor, uma vez que seria muito mais emocionante, envolvente e
eletrizante. E além desse pequeno detalhe de enrolação – eu sei que enrolar é
normal para a Carina, mas nesse livro, foi mais que o normal -, para piorar, a
história simplesmente não fluí no início, além de ser meio confusa, parecendo
ter começado do final.
E, particularmente,
não gostei do bloco da narrativa da Princesa... Não consegui gostar dela. Para
mim, a Ciara é mais uma nobre tola, infantil e mimada, que acha que sozinha
pode mudar o mundo. CHEGA DE PROTAGONISTAS ASSIM, É DEMAIS PARA MIM. Mas em
compensação, eu adorei o bom-humor da Briana, e o jeito encantador do Gael. A
mocinha é uma graça, extremamente gentil, inspiradora e batalhadora. Me
identifique com sua garra, ri de seu azar não devia mas ri, e fiquei
feliz que a vida finalmente começou a cooperar com ela. Quanto ao Gael, me
apaixonei pelo seu jeito, pela sua forma racional, mas ao mesmo tempo romântica
de ver a vida. Prefiro-o dez vezes mais que o Lorcan, uma vez que assim como a
Ciara, o segundo é clichês e cansativo.
Com relação ao desenrolar dos acontecimentos em que os
personagens estão inseridos, eu me surpreendi com o rumo e audácia que a autora
teve para criar uma história tão diferente da sua zona de conforto, adotando
uma pegada completamente nova quando comparada com os seus livros anteriores.
Mas ao mesmo tempo em que fiquei encantada, me decepcionei também, pois senti
que estava lendo mais do mesmo, até mesmo na audácia. São desdobramentos
comuns, nada tão diferente quanto Perdida ou tão apaixonante quanto Procura-se
Um Marido.
Mas como sempre defendemos, cada leitor lê uma obra de uma
maneira, a interpreta de outra, e cria valores em cima desta de uma forma mais
diferente ainda. Ou seja, uma obra que eu achei maravilhosa, você pode
detestar, e vice-versa. Se arrisque, e conte-nos o que achou! Aguardo o seu
comentário <3.
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